Ao contrário de Oberdan, Veloso, Sérgio e São Marcos, Fernando Prass não é da nostra escola de goleiros, Palestrinos. Mas a identificação do arqueiro com o Palmeiras é tão grande que parece ser.
E que fique claro que não estou falando somente de defesas. Afinal de contas, defesas e falhas são comuns, vêm e vão com os jogos. No entanto, palavras e atitudes são eternizada – e, em tão pouco tempo, Prass já é eterno.
Semana que vem, faz três anos que Prass chegou à Academia. Comparado a outros goleiros da nostra história é pouco, mas o momento era tão complicado que não poderia descrever melhor a figura do atual camisa 1. Estávamos de volta a Série B, a moral estava em baixa, os goleiros disponíveis só nos faziam chorar mais pela aposentadoria de Marcos e a confiança, definitivamente, era zero.
Só que Fernando Prass topou o desafio. Encarou os que falavam que ele estava dando um rumo tortuoso à sua carreira e disse, desde sua primeira entrevista, que era um orgulho vestir a camisa do Palmeiras. Independente da divisão, aquela escolha era algo que somente engrandeceria ainda mais a sua caminhada.
2013 foi complicado, mas o objetivo de voltar a elite foi alcançado sem maiores problemas. Veio 2014 e, junto com a alívio de ter escapado de uma nova queda no último minuto, veio a dor de uma lesão que tirou nostro arqueiro de meio campeonato. E quando chegou 2015, amigos, a coisa mudou.
Chegaram novos jogadores, novos patrocinadores, um novo ambiente. E nostra casa, reformada, virou um ponto de apoio. Estávamos sonhando novamente, pensando em voar alto e voltar ao patamar que é e sempre foi da Sociedade Esportiva Palmeiras. E, de novo, Fernando Prass foi o motor que ajudou tudo isso a se concretizar de fato.
A final do Paulista, alguns dos bons momentos vividos no Brasileiro e a taça da Copa do Brasil tiveram todos a participação ativa do nostro neo santo. Pegou pênaltis, fez defesas incríveis e, mais do que tudo isso, falou em prol de todos nós sempre que alguma pergunta maliciosa ou provocação estúpida era feita. Prass encarnou o Palmeiras e o Palmeiras abraçou Fernando Prass.
Por isso, sempre que lembrarem deste título, lembrem-se de Prass. O cara que não nasceu palmeirense, mas, acima de tudo, escolheu se tornar um. Prass sempre.
Siamo Palestra!
ROJAS.