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Parece que quanto mais rezamos, mais assombração nos aparece, Palestrinos. Depois de achar que tínhamos exorcizado Valdivia, ele voltou a tona com força.

Talvez por estar prestes a deixar o país ou por simples vontade de aparecer, o chileno fez críticas a Paulo Nobre e Alexandre Mattos, inundou as manchetes “esportivas” e, de quebra, trouxe Marcos Assunção junto com ele. Não que quisesse de fato trazer o volante de outrora para discussão, mas, ao citar o nome do ex-companheiro em suas entrevistas, deu chance de resposta ao veterano cobrador de faltas. E foi aí que o bicho pegou.

A real é que a imprensa adora este tipo de matéria e é óbvio que as palavras do meia iriam causar. O barulho foi tanto que o assunto dominou todas as redes sociais alviverdes – além, é claro, dos já tradicionais grupos de WhatsApp. O que mais me intriga nisso tudo é: por que diabos estamos falando sobre isso?

Tanto Valdivia como Assunção são jogadores comuns e nenhum deles irá constar em nostra história gloriosa. Ajudaram dentro de campo em alguns momentos importantes do Século XXI, mas foi só isso. Pouco ou nada importa se eles brigaram, discutiram ou se mataram. Dar cartaz a esta polêmica é alimentar assunto vazio.

Ao invés de falarmos disso, por exemplo, por quê não saudamos São Marcos? Hoje nostro eterno ídolo completa 42 anos e merece todos os posts e papos de bar da nação palestrina. Seja debaixo das traves ou com o microfone na mão, Marcão sempre nos deu alegrias. Parabéns ao Santo e vida longa aos craques que já envergaram nostro manto alviverde?

Siamo Palestra!

ROJAS.

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Agora é oficial: lá se vai Jorge Valdivia Toro, Palestrinos.

Alívio para uns e tristeza para outros, o fato é que dessa vez o chileno foi embora mesmo. Seu clube no Emirados Árabes enviou um emissário até o Chile e o meia deu uma pausa na campanha da Copa América para assinar contrato de duas temporadas com o Al Wahda.

Eu, pessoalmente, faço parte dos palmeirenses que se sentem aliviados com a partida de Valdivia. Confesso quem em meio a um futebol cada dia mais correto e chato, sentirei falta das suas provocações aos adversários e de seus passes em diagonal. Mas os ganhos do Palmeiras com a saída do atleta são infinitamente maiores do que a ausência provocada por suas declarações.

A começar pela novela de joga-não joga vivida por todos nós nos últimos anos. Desde que retornou ao clube, em 2010, a presença do jogador nunca foi garantida em nenhuma partida. Foram dezenas de lesões – comprovadas e não comprovadas -, além das centenas queixas de dores, que faziam com que o clube sempre esperasse pela volta do Mago de 2008 sem sucesso.

Graças a seu alto salário, aliás, o Palmeiras por diversas vezes deixou de ir atrás de contratações que pudessem suprir a sua falta na armação da equipe. Não que ele tenha culpa de ganhar o quanto ganhava (afinal quem oferece é o empregador, não o empregado), mas a epidemia de Marceis, Cristians Mendigos e Felipes Menezes se deveram muito a este ponto. O tal do “bom e barato” que sempre acaba sendo “ruim e caro”.

Este, aliás, é outro ponto que sempre me incomodou: por termos tido tantos elencos medíocres, a presença de Valdivia sempre foi supervalorizada. É óbvio que, em meio a tanta tranqueira que vestiu nostra camisa, o camisa 10 teve seus momentos de destaque. Basta pegar os números dele, porém, para perceber que esses destaques foram tão pontuais quanto raros nos últimos quatro anos. Um exemplo clássico foi o ano de 2012: quando jogou na Copa do Brasil, nos ajudou a ganhar o título; quanto não jogou nunca no Brasileirão, nos ajudou a ser empurrados rumo ao rebaixamento.

Resumindo, o que eu tenho a dizer para os amantes de Valdivia é que há vida sem ele. E todos irão perceber isso com o passar do tempo. Sei que vocês irão chorar como viúvas no início, mas os meses irão mostrar que está tudo bem. Temos um elenco mais bem preparado agora e, sem ele nem os gritos histéricos de parte da arquibancada, Marcelo Oliveira terá muito mais tranquilidade para definir quem joga.

Existe uma doença chamada “Síndrome de Estocolmo”, que consiste basicamente no carinho que o sequestrado passa a ter pelo sequestrador. É exatamente este amor que parte da nostra massa tem por Valdivia e eu tenho certeza que ele vai passar. Mesmo porque não faz sentido amar alguém que, em 90% do tempo, te faz mal. Sobreviveremos e seremos ainda mais felizes.

Siamo Palestra!

ROJAS.

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O jogo do último sábado foi mais do que a simples abertura do Campeonato Brasileiro de 2015, Palestrinos: foi o retrato de tudo o que vem acontecendo conosco este ano.

Dentro de campo, vimos um time com muito mais recursos no papel do que na prática; fora dele, um estádio com boa taxa de ocupação, mas com uma torcida rachada e insatisfeita. Dois exemplos da perfeita dicotomia que tem sido a Sociedade Esportiva Palmeiras.

DENTRO DE CAMPO

Quanto ao futebol praticado, em si, não houve grandes novidades. Se o brilho da equipe apareceu apenas pontualmente durante o Paulistão, que dirá durante o torneio nacional. Exemplos vivos disso são nostro reforço mais custoso da temporada (Dudu) e o destaque que nunca foi destaque (Valdivia), tendo em vista que seguem errando muito mais do que esperamos e podemos.

Acredito que, agora, já tenha dado para Oswaldo perceber que seu sistema de jogo nem sempre é o melhor. O 4-5-1 pode funcionar bem quando temos a presença de área de Leandro Pereira, mas, com os demais atacantes, tem nos deixado presos na marcação. Além disso, Robinho de segundo volante é um desperdício de talento, deixando marcação e criação afrouxadas.

Após 4 meses de bola rolando e depois de triunfar diante de dois rivais de maneira empolgante, é óbvio que as demais equipes – principalmente as mais fracas – iriam estudar nostro sistema de jogo. Embora eu entenda que ainda é cedo para exigir que um time com 21 reforços esteja redondo, é preciso rever as convicções técnicas e se reinventar.

FORA DE CAMPO

Nas arquibancadas, mais uma vez ficou clara a tensão entre a Mancha Verde e os “torcedores comuns”. Não que os xingamentos em direção a organizada tenham sido novidade (aconteceram aos montes no Pacaembu meses atrás), mas, desta vez, acredito ter sido totalmente sem propósito. Afinal, não se tratava mais de criticar um atleta ou Paulo Nobre: se tratava de um assunto de interesse de todos.

Os preços que vêm sendo praticados desde a reabertura do nostro estádio estão, sim, absurdos. Entendo totalmente – e apoio! – a ideia de fortalecer o Avanti, mas não se pode continuar cobrando ingressos mínimos de R$120 a quem não tem condições de fazer parte do plano. A questão deixou de ser pagar R$20 por mês para poder pagar R$60 por jogo; estamos falando de praticar preço para todos.

Camarotes podem e devem ser mais caros. Mas não se pode colocar uma simples arquibancada lateral a exorbitantes R$300 e achar que está tudo bem. Não está! Eu, que sempre critiquei muito a MV, tiro o chapéu para o protesto inteligente e totalmente pacífico que foi feito no jogo diante do Atlético/MG. O silêncio deles fala por muitos outros torcedores, não apenas “30 ou 40 mil que vão ao estádio” – plagiando nostro presidente.

Uma pesquisa feita recentemente pela Pluri Consultoria, prova que os ingressos brasileiros são os mais caros do mundo. Levando-se em conta os preços praticados e o salário médios da população, clubes como o Palmeiras praticam preços muito mais abusivos que na Inglaterra, Espanha e Alemanha. Mas não é porque condicionou-se a fazer isso que nós também temos que adotar esta prática.

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ROJAS.

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Entra ano, sai ano e o assunto é o mesmo, Palestrinos: Jorge Valdivia.

Titular nos últimos jogos e tido como certo na decisão do próximo domingo, o meia tem sido protagonista de mais uma novela infindável. Não bastasse sabermos quando o chileno reúne condições físicas ou não para jogar, já faz meses que ouvimos falar de sua renovação de contrato.

De um lado, a conhecida qualidade que o camisa 10 tem; do outro, o custo-benefício pra lá de duvidoso em sua segunda passagem pela Academia. Vem daí o impasse que gira em torno da política de contratos por produtividade. Pouco mais de dois anos atrás, aliás, Valdivia disse aos microfones que aceitaria de bom grado uma proposta feita nestes moldes – hoje, no entanto, parece ter mudado de opinião.

A impressão que eu tenho é a de que o Palmeiras tem consciência de que finalmente pode viver sem El Mago, mas, ao mesmo tempo, vive aquele receio de que ele reforce algum rival e acabe mostrando o fino da bola logo contra nós mesmos. Contra o Botafogo/SP, ele deu o passe que iniciou o gol da vitória; diante do Corinthians, no entanto, teve atuação apagada e viu o time ganhar em velocidade depois da sua saída.

O ponto é que, seja lá o que Nobre e Mattos estiverem pensando, isso não pode prejudicar o time dentro de campo. Temos que saber separar a final do Campeonato Paulista de 2015 de uma possível renovação de contrato. Até mesmo porque parece óbvio que a escalação ou as substituições de Oswaldo irão impactar o futuro do chileno na equipe.

Seja como for, deixem nostro treinador trabalhar em paz. Vale mais um troféu na prateleira do que dois chutes no vácuo voando.

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ROJAS.

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Screen Shot 2015-04-14 at 11.31.58 AM

Pode não parecer, mas o jogo do próximo domingo vale muito mais do que uma vaga na final do Paulistão, Palestrinos: vale decidir qual será a cara do Palmeiras em 2015.

De um lado, a escolha de atuar da mesma maneira com o qual o time já tem atuado; de outro, a oportunidade de adicionar qualidade em campo e deixar a equipe mais ofensiva. Em outras palavras, Oswaldo de Oliveira está preso no dilema de ser Marcos Aurélio Galeano – nosso eterno e esforçado volante – ou Eduardo Galeano – o eterno e romântico escritor uruguaio.

Se pesar o fato de jogar na casa de um adversário que não perde por lá há 30 partidas, parece lógica a escolha por manter o 4-2-3-1. Com Gabriel e Arouca na cabeça da área, no entanto, ou sobra gente na frente ou Valdivia segue no banco. Como acredito que Oswaldinho escalará o chileno seja como for, acredito que o time teria Rafael Marques de centroavante com Jorgito no meio.

Agora, caso o nostro treinador considere que a melhor defesa é o ataque, dá para inovar e jogar no 4-1-4-1. Neste caso, Oswaldo teria que sacar Gabriel dos onze iniciais, isolar Arouca como primeiro volante e contar com um meio-campo repleto de meias. Embora alguns digam que Robinho pode ser um segundo volante, a real é que todos – exceto Valdivia – teriam a obrigação de marcar.

Eu, pessoalmente, gostaria de ver a segunda formação em campo. Mas não neste jogo. Contra uma maiúca que reúne tanta gente boa e rápida como a do Curintia, acredito que a primeira ideia seja mais segura. Com Guerrero dengoso e Vágner Love sozinho na frente, teremos formações espelhadas em campo. Vai ser um dérbi de igual pra igual, decidido por detalhes – através da falha e do talento de alguém.

Afinal, como escreveu Eduardo Galeano: “Por sorte ainda aparece nos gramados algum descarado cara-de-pau que sai não se sabe de onde e comete o disparate de desmoralizar toda a equipe rival, e ao juiz, e ao público das arquibancadas, pelo puro prazer do corpo que se lança à aventura proibida da liberdade”. E eu espero que este cara-de-pau seja nostro – ainda que seja Jorge Valdivia.

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ROJAS.

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Eu lembro bem do Campeonato Paulista de 2008, Palestrinos. Lembro das defesas de Marcos, da firmeza de Pierre, da garra de Kléber, dos gols de Alex Mineiro… mas, acima de tudo, lembro de Valdivia.

Um chileno cabeludo que eu nunca tinha ouvido falar na vida. Um meia misterioso que havia saído do Chile, passado pela Espanha e inesperadamente desembarcou no Palestra Itália em 2006. Lembro-me de que demorou um pouco para se entrosar com a equipe, mas, uma vez que se achou em campo, se tornou decisivo. Deu belos passes, inventou uma forma de driblar girando de um lado pro outro, marcou alguns gols e nos rendeu belas risadas.

Afinal, dentro de campo Valdivia era muito mais que um camisa 10: ele era um pouco de cada um de nós. Só naquele Paulistão, ele provocou contra o Corinthians, fez chororô na semifinal diante do São Paulo, fez chover na final em que acabamos com a Ponte Preta. E muito mais. Querendo mais.

Tanto que quando foi embora para os Emirados Árabes Unidos, toda a torcida se comoveu. Tanto que quando voltou, dois anos depois, toda torcida festejou. Ainda que o preço pago estivesse muito acima do que realmente deveria ter sido desembolsado (e a culpa disso não é dele), ficamos todos felizes.

O problema é que o Mago de 2008 não era mais o mesmo em 2010. Parecia mais frágil, mais irritado, menos interessado. Estava mais para “El Magro”. Para piorar, o chileno parece ter decidido arrumar uma companhia constante para suas lesões: as declarações polêmicas.

Primeiro pelos microfones, depois pelo Twitter, Valdivia virou o alvo predileto dos repórteres. Gesticulava negativamente dentro de campo, bradava contra técnicos na imprensa, postava sem freio nas redes sociais. Era alvo porque sempre tinha uma arma apontada para alguém. Foi aí que comecei a querer esquecer o jogador memorável de 2008.

Quando esteve dentro de campo, confesso, fez a diferença. Mas quando Valdivia esteve em campo nos últimos quatro anos? Segundo os números, ele jogou menos da metade das partidas oficiais que o Palmeiras fez. E isso é pouco, muito pouco, para o que se espera do melhor jogador do elenco.

Que fique claro que eu não acho que Jorgito falsifica lesões. Ele não é paraguaio nem na nacionalidade, nem no caráter (vide aquela admissão de cartão amarelo forçado que virou punição ridícula do STJD). O problema é que um cara como ele precisava se tratar com a importância que tem. Mais descanso, menos balada; mais Barra Funda, menos Disney; mais fisio, menos fono.

Os ares de herói que ganhou em 2014 tiveram muito mais a ver com desespero do que reconhecimento. Valdivia foi o Dom Quixote de uma jornada que contava com mais vinte Sanchos Pança. Se sobressaiu porque não tinha ninguém nem perto de sua altura e desenvoltura. Foi supervalorizado ainda que fosse superior. E isso foi o início do capítulo final.

Um fim que tem outra lesão. Que tem mais tuitadas raivosas. Que tem uma produtividade física e econômica considerada improdutiva. O melhor para todos nós, hoje, é que o chileno se vá. Que leve junto com ele o nostro carinho, as nostras boas lembranças e a idolatria das crianças; que deixe pelo caminho o ranço das lesões, das polêmicas e das palavras mal ditas e malditas. Que vá brilhar e encher o bolso ao lado de uma torcida sem ressentimentos.

Afinal, com a bola nos pés ele é um poeta.
Mas com a boca no trombone é um perna de pau.

Siamo Palestra!

ROJAS.

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Eram 14 minutos do primeiro tempo, Palestrinos.

E embora o jogo estivesse amarrado, o Palmeiras havia tomado a iniciativa. Marcava em bloco atrás do meio-campo e saía no contra ataque com Mouche (menos) e Allione (mais) abertos pelos lados do campo. Quem distribuía o jogo, naturalmente, era Valdivia – que retomou os treinos e a posição depois de 3 meses. Foi então que ele desabou no gramado com a mão no rosto.

A primeira impressão, claro, foi de uma agressão. Um braço involuntário, no mínimo, que tivesse acertado em cheio o chileno. Veio o intervalo e a informação oficial era a de que ele havia mesmo tomado uma braçada e deixado o campo por conta de uma tontura. Só que a TV flagrou uma mãozinha na coxa que, de tão tradicional, virou sua marca registrada nos últimos anos.

Valdivia, no entanto, negou. Disse ao médico que o motivo fora uma pancada no rosto. O próprio médico do Palmeiras, após a partida, disse ter achado estranho. Até que hoje, vejam só, vem a notícia de que o camisa dez de fato teve um trauma na coxa esquerda.

Quem é palmeirense está cansado do comportamento do meia. Absolutamente nenhuma história dele vem a tona com total sinceridade. NUNCA. Foi assim com sua recente transferência (e a posterior viagem a Disney), foi assim com seu “sequestro”, foi assim quando traiu sua esposa (que disse que ia separar, mas não separou)… Enfim, se tem Valdivia tem confusão.

Está claro que ele escondeu a contusão por saber que a torcida e a imprensa iriam pegar em seu pé novamente. Afinal, deve ser a sua lesão muscular de número 100 só pelo Palmeiras – vejam só, se tornou centenário antes do clube! E é óbvio que se lesionou porque está atrasado. Tivesse voltado das férias pós-Copa dentro do prazo, estaria treinando e jogando normalmente (bem como os campeões mundiais da Alemanha já estão em campo por seus clubes).

Mas querem saber? O problema de Valdivia realmente é o nariz: nariz mentiroso.

Pior é ter um elenco onde sua presença se faz tão necessária. Dependemos de um atleta que não se comporta como tal. E aí, o jogador que poderia ser craque não só se sabota, mas também sabota a todos nós. Vira um camisa 10 nota 6. Se conforma com o que é sem nunca vislumbrar quem poderia ser.

Pois bem, senhores, já que Geppetto é italiano, este é Jorge Valdivia.
O Pinnochio do Palestra Itália.

Siamo Palestra!

ROJAS.

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Valdívia voltou, Palestrinos.

Ninguém sabe ao certo o que aconteceu entre a Copa do Mundo, os Emirados Árabes e  a Disney World, mas o fato é que algo deu errado. O chileno se reapresentou hoje na Academia e parece que será reintegrado a equipe.

Desta feita, tenho certeza que a primeira impressão de grande parte da torcida, dada a atual condição do time, é a de levantar as mãos para o céu e agradecer a San Gennaro pelo presente. Afinal de contas, ninguém discorda do fato de que o meia é de longe o jogador com mais recursos técnicos do elenco.

No entanto, também tenho certeza que outra parte da torcida não ficou tão feliz assim com este retorno. Afinal, já faz tempo que Valdívia não é tão Valdívia assim. O camisa 10 da segunda passagem não foi o da primeira e teme-se que, nessa “terceira”, seja ainda menos.

Hoje pela manhã, ao ler os jornais, eu sinceramente me identifiquei com o primeiro grupo. No entanto, bastou pensar um pouquinho mais para cair na real e ver que eu concordo mesmo é com o time dos insatisfeitos.

Explico: por melhor nível técnico que tenha, Valdívia não faz mais aqueeeeela diferença. Tem alto salário, não aguenta jogar jogos seguidos e estava na cara que o bom futebol demonstrado em alguns jogos do primeiro semestre deste ano tinha como foco a convocação para a Copa. Some-se a isso uma proposta de 5.5 milhões, por um atleta que vai completar 31 anos em outubro, e fica complicado não pesar o lado racional.

O ideal seria mesmo pegar o dinheiro, zerar a dívida com Osório Furlan e utilizar o restante da grana para fazer reparos no atual elenco. Mas agora, com sua iminente volta, sabe-se lá o que será do futuro.

De toda forma, resta torcer para ele entrar em forma rapidamente após suas longas férias e entrar em campo para nos ajudar sem lesões no restante de 2014. Já que o negócio melou, melhor um Valdívia meia boca do que um Felipe Menezes no auge da forma.

Siamo Palestra!

ROJAS.

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Mais um jogo e mais uma vitória, Palestrinos.

Dessa vez com uma formação diferente, mais próxima do que pode ser o Palmeiras-2014. Lúcio mais uma vez titular na linha de três zagueiros, Wendel na direita para que o time jogue com um volante mais solto somente (Wesley) e o time trabalhando sempre pelas laterais (Mazinho/Marquinhos Gabriel e Leandro). Mas o destaque da partida, como costuma ser, foi Valdívia.

E olha que o chileno nem fez nada demais. Passou o primeiro tempo praticamente apagado até fazer o dele e entrar no jogo com suas famosas enfiadas em diagonal. Não foi aquele Valdívia que nós conhecemos, mas, comparado com Menezes, fica parecendo mesmo o Pelé Branco. O camisa 10 sempre foi supervalorizado – e, ao meu ver, não tem nenhum problema, que assim seja! Que encham a bola dele, ele faça suas jogadas na Copa e, após o Mundial, algum time europeu tire do Verdão por uma grana boa.

Já escrevemos aqui sobre o jogador. Sua qualidade é inegável e ele, de fato, pode resolver o jogo em um só lance. Mas dada a sua condição física, sua idade, seu alto salário e seu histórico de suspensões gratuitas, o melhor seria mesmo fazer algum dinheiro com Valdívia.

Antes de você começar a me xingar, sim, eu gosto do futebol do “Mago”. E adoraria contar com essa bola em todos os jogos do ano. O problema, no entanto, é que isso já se mostrou por diversas vezes um sonho. O treino dele tem que ser diferenciado, suas lesões demoram o triplo e, dada a atual política salarial do Palmeiras, é capaz de seu salário gerar descontentamento com o tempo.

Em tempo: não acho Bruno César mais jogador que ele, até porque são meias com estilos diferentes. Valdívia é inegavelmente mais técnico e plástico, enquanto o novo camisa 7 cai mais pela esquerda, tem mais velocidade e chuta de fora da área com frequência.

O técnico chileno, Jorge Sampaoli, já disse que conta com ele como titular na Copa do Mundo. E levando-se em conta que o Chile jogará diante de Espanha e Holanda, com algumas boas atuações é muito provável que algum bilionário louco do leste europeu se proponha a pagar alguns milhões pelo meia. Seria ótimo para o investidor (que gastou R$20 milhões na sua reaquisição), poderia ser melhor ainda para o atleta (menos jogos, mais dinheiro) e ainda renderia uma grana para nós pensarmos na compra de Kardec e outros reforços pontuais.

Por isso, quando Valdívia entrar em campo neste primeiro semestre, eu serei o primeiro a torcer por uma boa exibição. Afinal, a esta altura, a importância do Mago é muito mais financeira do que técnica.

Siamo Palestra!

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Valdivia está longe de ser um exemplo, Palestrinos.

Usando uma expressão leve e recorrente, o camisa 10 é, no mínimo, polêmico. Nós mesmos já o crucificamos algumas muitas vezes durante os anos que ele joga pelo nostro Palmeiras. Seja pelas recorrentes lesões, pelos problemas extra-campo, por declarações ou pelo excesso de cartões bobos, ele já foi carrasco de si mesmo em diversas situações.

Naquele 10 de agosto de 2013, no entanto, Valdivia só foi honesto. Prestes a viajar com a seleção chilena, nos desfalcando por um jogo, ele aproveitou que estava pendurado com dois cartões amarelos e cavou o terceiro. Não com um pontapé, não com uma reclamação, ou uma mão boba na bola; levou o amarelo por atrasar sua saída de campo. Algo corriqueiro no mundo todo, quiçá aqui na América Latina. O seu pecado, no entanto, foi ter admitido o ato nos microfones.

“Burro”, dirão alguns mais exaltados. E de fato ele não precisava ter espalhado aos sete ventos o que premeditou dentro das quatro linhas. Mas, ali, frente à imprensa, ele apenas foi sincero.

“Não deixa de ser burro”, dirão os mesmos. E, sim, eles podem ter razão novamente. Afinal, pode-se muito bem usar o regulamento do futebol nacional e se apontar com o dedo em riste, o artigo que prevê punição a quem tenta ludibriar o árbitro com má fé. Seja fingindo um pênalti, fazendo cera, metendo um gol de mão ou… cavando um cartão.

O maior problema, para mim, é que este é um cartão tão estúpido quanto àquele erguido contra quem tira a camisa na comemoração do gol. Esse cartão pertence a mais uma daquelas regras que pune o futebol. Que cala a emoção, proíbe o riso, automatiza seres humanos. É como se punissem alguém por não ter omitido algo que todos sabemos o que foi. É estrangular um pouquinho mais o esporte que tanto amamos.

No entanto, gritarão os defensores da moral e ética que o que está combinado não sai caro. E, de fato, não sai. Mas que sai chato pra cacete, isso sai.

Siamo Palestra!

ROJAS.

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