A cena aconteceu aos montes no jogo de ontem e tem sido uma constante na temporada, Palestrinos. O Palmeiras tem a posse de bola, toca prum lado, toca pro outro, volta pro meio, mas na hora do vamos ver… nada. Claramente, é a falta do tal camisa 10.
Não é de hoje que temos tido este problema de criação. Ano passado, rezávamos pela presença de Valdivia em campo na esperança de ver um – e somente um – passe na diagonal que encontrasse nostros atacantes dentro da área. Pois bem: o ano mudou, mas ainda sofremos com essa última bola que não tem chegado.
A bola que sai dos pés de Gabriel e Robinho tem girado por Alan Patrick, Dudu e Allione sem objetividade alguma. Não há nem o passe alongado para o centroavante nem o remate de fora da área, é desesperador. O que tem sido comum é ver um time de estatura baixa levar a bola até a linha de fundo na esperança de conseguir um cruzamento rasteiro que encontre os pés de alguém ligado no lance. Dá certo às vezes, mas a verdade é que ainda é pouco, muito pouco.
Por isso ficamos nessa ansiedade tamanha para ver Valdivia e Cleiton Xavier de volta aos gramados. Ansiamos pela qualidade técnica que decide a partida. Seja em um passe do chileno ou em um belo chute de fora da área de CX, precisamos deles dentro de campo – e logo.
Afinal, pode até ser que não precisemos de mais do que uns passes de lado diante de Penapolense e Audax. No entanto, quando enfrentarmos equipe mais bem postadas e com potencial maior, corremos o risco de amargar aquele zero que teima não sair do placar. Aquele zero que acompanha os times burocráticos na triste sina de ser um pouco mais.
Siamo Palestra!
ROJAS.